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Raramente compro jornais. Leio o Actual (agora escrevem "Atual", mas eu escrevo à antiga) quando vou a Manteigas, pois o meu pai compra o Expresso todas as semanas. Não vou aqui explicar a razão pela qual não compro jornais, mas basta folheá-los para termos uma ideia do porquê. Mas no passado Sábado lá comprei o Expresso. Vi que o Actual trazia na capa Albert Camus, que é um autor muito cá da casa. Vamos ao que importa: nunca gostei de Clara Ferreira Alves (CFA). Nem da cronista nem da comentadora televisiva. E não sei em que país CFA vive, quando afirma: «Não se vê, nas livrarias portuguesas (...) um único livrinho de Albert Camus». Ora se há autor que eu quase nunca vi desaparecer das prateleiras das livrarias portuguesas, esse autor é Albert Camus (e, já agora, George Orwell, autor que CFA também considera fora de moda). O Estrangeiro é um livro que se encontra facilmente. A Peste, O Mito de Sísifo e A Queda, também. O Homem Revoltado é muito difícil, ou impossível; o meu exemplar comprei num alfarrabista. Mas a questão é que Camus está, encontra-se, nas livrarias portuguesas. Pode é não estar, encontrar-se, nas livrarias que CFA frequenta.

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