António Ramos Rosa



1924-2013


Diríamos que o timbre da poesia de Ramos Rosa não é o i do cisne mallarmiano: será o a de «branco», de «página», de «claro»... A «brancura» dos seus versos não é a brancura estéril da neve: é a de um muro pobre com ranhuras; não é a do gelo: é a da água límpida.

Vergílio Ferreira, «Aridez fecunda, claridade»*, em Espaço do Invisível 1, Lisboa: Bertrand, 3ª edição, 1990, p. 265.


* posfácio a Sobre o Rosto da Terra (1961). 

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