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As tardes de Domingo são sempre tardes de Domingo: sem jeito, paradas, de barriga cheia, pensar na viagem que se fará à Segunda (quando há viagem a fazer). Lembro-me de outras tardes de Domingo. Daquelas que demoravam mais tempo, pois o Tempo era algo ignorado, que passava (apenas) sem ter em si o peso de tudo aquilo que o Tempo arrasta. O que vale ainda é a música que se ouve e os livros que se lêem. Neste momento leio Os Últimos Dias da Humanidade, de Karl Kraus. As tardes de Domingo. Todos os Domingos.

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