Um poema de Max Martins


O Estranho

Não entenderás o meu dialeto
nem compreenderás os meus costumes.
Mas ouvirei sempre as tuas canções
e todas as noites procurarás o meu corpo.
Terei as carícias dos teus seios brancos.
Iremos amiúde ver o mar.
Muito te beijarei
e não me amarás como estrangeiro.


em Poesia Brasileira do Século XX - Dos Modernistas à Actualidade, selecção, introdução e notas de Jorge Henrique Bastos, Lisboa: Antígona, 1ª edição, 2002,  p. 253.