Em 98 o fim do mundo estava tão próximo como agora. Nós bebíamos à sua saúde. Que viesse rápido e sem dor. A banda-sonora estava escolhida. Naquela pequena cave do Villa a cerveja e outros venenos coloridos pareciam nunca acabar. Corpos dançavam ao ritmo lento da batida. Transpirava-se. O muito fumo faziam parte do argumento. Cada um escrevia e realizava o seu próprio filme. No meu predominava a roupa preta, o gosto pelos cantos com pouca luz. Em Manteigas também era possível o cultivar o spleen. Nunca precisei de urbanismos.
2 comentários:
embora me custe muito recordar esse ano em particular, sei muito bem do que falas. tanta no que diz respeito à música, como à interioridade.
caro Anónimo:
muito obrigado pelo seu mui precioso comentário.
foi um ano complicado, sem dúvida.
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