José Miguel Silva



Essa coisa dos novos é chão que já deu uvas. Agora é mais novíssimos. José Miguel Silva nem é novo nem novíssimo, mas sim um poeta do caraças. Lembro-me que o primeiro livro que lhe li foi Desordem seguido de Vista para um pátio. Ainda hoje lhe tenho muito carinho. Lê-lo em Silves, durante o Verão de 2004, num terraço com vista para um grande laranjal e para o Castelo, foi algo que me marcou. José Miguel Silva disse que é mais um poeta político do que realista. Concordo com ele. No entanto, a realidade é a coisa mais política que pode existir (a meu ver). Mas leiam-se os livros Movimentos no Escuro e Erros Individuais, onde a veia mais política e radical do autor se fazem notar. Caso um dia façam outra revolução, não me admirava nada que começassem a ser lidos os seus poemas em voz alta. Também acredito que o autor não gostaria muito.

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