José Alberto Oliveira



Quando a primeira vez folheei Poemas Portugueses – Antologia da Poesia Portuguesa do Séc. XIII ao Séc. XXI estranhei a ausência de três poetas que admiro: Paulo da Costa Domingos, Jorge Fallorca e João Camilo. Mas estranhei mais a ausência – pois a considerava mais do que garantida – de José Alberto Oliveira. Os três primeiros poetas (apesar de significativos e representantes de uma “geração” – Paulo da Costa Domingos é apenas o editor da Frenesi) poderiam ter sido “esquecidos” devido ao seu recato nestas coisas da poesia. Mas José Alberto Oliveira? Publicado pela mediática Assírio & Alvim? É claro que, muitas vezes, a importância de uma Antologia (como a referida) reside nos nomes que nela não constam. É o caso. José Alberto Oliveira é um poeta muito cá de casa. Engracei logo com ele no primeiro livro que lhe li: Por Alguns Dias. Seguiram-se O que vai acontecer? e Peças Desirmanadas e Outra Mobília: «Se puder escolher/quero morrer resignatário, desconhecido/e injustiçado,//para tudo/ficar como dantes.» (p. 42). Há outras coisas para ler dele. Dêem-me tempo.

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