Um poema de Paulo da Costa Domingos

Judas na Catedral de Platão

Pelo amor da morte dissera: eu
não quero trinta dinheiros
múltiplo do santo
indulgência não
quero vingança paga em esperma
e enforcou
- se o desfile das sombras não fosse um jogo espirita de
ninar
condenados o lintel da greta gótica de Platão,

seriam rabos de fogo? Ex
tinta luz nesta era intermédia e
ninguém nos ouvirá Bem, a corrente vibra
fios na sensualidade da forca.

em, Pó de Anjo, Lisboa: &etc, 1983.

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